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8/13/2008

Descobertas em Tomar

Olá.

O assunto que agora vos trago é relativo aos achados arqueológicos que nos últimos tempos têm rondado o templo de Santa Maria dos Olivais.

Sendo este templo um Panteão dos templários em Portugal, é normal encontrar estelas funerárias e/ou varias inscrições em pedra. Algumas das estelas e pedras funerárias são bem interessantes podendo conter varias informações que nos estão alheias… este episódio, faz-me recordar o achado realizado nos finais de Agosto de 1993 (bem anterior segundo o próprio historiador que fez o achado), no lado nascente do Castelo dos Templários em Tomar, por cima da Porta da Almedina, porta esta que no tempo dos templários era o principal acesso às muralhas. Sobre esta entrada foi descoberta uma das mais antigas (senão a mais antiga) cruz templária que se conhece em território nacional.

A imagem que retratada é então uma cruz templária com uma rosa no meio, trata-se então de uma ligação dos Templários, dos Rosa-Cruz e a civilização muçulmana. A cruz tem ainda algumas particularidades como os sulcos nas astes, que não é comum aparecer. Esse conjunto de sulcos, forma em cada braço uma pirâmide, que nos transmite a ligação entre os Templários e Rosa-Cruz com a antiga civilização egípcia, a mesma ligação que nos faz o monumento com a ligação entre o Ocidente e o Oriente confirmando a estratégia dos dois Sóis: O sol nascente e o sol poente. Voltado à tão falada cruz que apresenta ainda uma inscrição “IN:E:M:CL:VIII” que segundo José Hermano Saraiva lê 1198 na Era de César, que subtraindo os 38 anos, daria 1160 da Era de Cristo, ou seja o ano da Fundação do Castelo de Tomar. José Hermano Saraiva refere ainda a importância desta estela pois esta rosa-cruz deu origem às Quinas portuguesas no nosso escudo. A explicação é a de que quatro das quinas representam os espaços existentes entre os braços da cruz, e a quinta estaria representada na parte central, onde está a rosa. É de referir que este achado foi realizado pelo antigo professor (ainda me deu aulas) e antigo responsável pela área da cultura da Câmara de Tomar, actualmente encontra-se reformando e é uma pessoa fácil de encontrar nos seus calmos passeios pelas ruas de Tomar.

Continuando nas escavações, que à bem pouco tempo foram consideradas as mais importantes da península ibérica, e os seus achados… Continuo a não concordar que todos os achados (incluindo ossos, moedas, alfinetes, estelas, enfim…tudo) que são encontrados, são transportados para Torres Novas, onde ficam em armazém, para estudo e depois são transportados para Évora. É triste para um Tomarense saber que aquilo que pertence à sua terra, é levado para outro lado… quem sabe se muitas das coisas não se irão perder ou misturar… sendo as informações que dai resultem fora da realidade…
Algumas estelas os pedras com relevos encontradas nas obras da envolvente do Templo:



...entre muitas outras que não foram fotografadas...

Com este pequeno texto quero apenas alertar a Câmara Municipal, historiadores, interessados, curiosos e entidades competentes que está na altura de preservar o que resta do património de Tomar, aquilo que nos identifique com o passado e que ainda não foi destruído e dar às pessoas cultura, para que possam perceber o quanto Tomar foi grande! Continuo a afirmar que Tomar necessita de um MUSEU!!! E porque não um Centro vivo de Interpertação da Historia anunciado pelo Dr. Jana? Está na hora de mudar as mentalidades! Há que preservar o património! Queremos ser como as grandes cidades desenvolvidas então podem segui-las no que respeita ao património que é todo estudado, catalogado, apresentado, preservado e restaurado.

Até breve!