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12/11/2009

QT DA ANUNCIADA VELHA - O EVENTO

Parte III (de IV)
No Jornal "O Templário"
Edição de 10/12/2009
S



Quinta da Anunciada Velha
Mistérios por Revelar


O caminho é sinuoso a partir de determinada altura. O casario esconde-se por detrás de uma densa cortina de neblina que adensa o mistério da Anunciação. O local de encontro é um insólito obelisco cujas lendas inflamam a imaginação dos participantes que estão a chegar.”

A Quinta da Anunciada Velha, situada a 3 kms de Tomar, serviu de palco, o fim-de-semana passado, ao 10º Encontro promovido pelo Blog Cavaleiros Guardiães de Santa Maria do Olival (http://blog.thomar.org/). Devido às nascentes naturais existentes na quinta e às aguas discretas que vêem da fonte perene que jorra junto a um tanque envolto em histórias fantasmagóricas é conhecida a sua existência desde 1192, altura em que a Ordem dos Templários, recentemente instalada na zona, adquiriu por escritura a dita propriedade.


Essas fontes, apesar de ainda hoje perdurarem, não foram a presença mais sentida mas sim as águas verticais que assolaram a permanência do grupo durante quase todo o fim-de-semana. Miraculosamente, durante a visita guiada pelo Exmo. Sr. Embaixador António Pinto da França – um dos proprietários – deixaram-se de fazer sentir, permitindo sob a densa bruma de um dia cinzento, conhecer os diversos testemunhos da história da Quinta que acabam por se entrelaçar com os destinos de Portugal. Tal é a diversidade dos monumentos que a visita acabou por ter uma duração de mais de duas horas e meia, ficando para o pequeno-almoço do dia seguinte a continuação da história propriamente dita.


A “peregrinação” aos diversos locais transportou os participantes aos tempos da ocupação romana, da qual ainda hoje é visível uma pequena ponte sobre o ribeiro designado de Cerzedo. Desses tempos imperiais dá-se um salto temporal para a história da pré-nacionalidade lusitana e para a qual contribuiu o lagar moçárabe recentemente descoberto onde se produziu outrora azeite. O enigmático oratório piramidal, lugar sacro, “coração do sítio”, datado possivelmente da época Manuelina, testemunha mais uma das histórias da Quinta; a permanência da Ordem dos Capuchos durante um século e que no seio da modéstia Franciscana recebeu honras régias da parte de Filipe II de Espanha quando veio a Tomar para ser aclamado como Filipe I de Portugal que não deixou de ir visitar humilde lugar. Entre estas histórias acompanhadas dos respectivos testemunhos lavrados em “livros de pedra” chegou a hora de jantar.


Foi o jantar servido na outrora Capela da Anunciação, padroeira da Quinta desde tempos medievais, onde se organizou também uma exposição de livros sobre Tomar e os Templários. Designava-se a dita exposição “Tesouros da Literatura Templária” a qual estava complementada por uma outra exposição – Memórias do Convento de Cristo – que dava a conhecer através de fotografias inéditas a vivência dos Condes de Tomar numa das alas do Convento. Por volta da meia-noite revisitou-se o oratório Manuelino numa tentativa de sentir as energias telúricas que dizem sentir-se nesse local e que possivelmente se interligam com o insólito Obelisco na entrada da Quinta.


No dia seguinte após o pequeno-almoço, e no qual se voltou a conviver com as inúmeras experiências de vida dos proprietários da Quinta, dispersou o grupo pelos diversos monumentos de Tomar tendo-se dado por encerrado o “Retiro Templário
” tendo no entanto ficado a Quinta da Anunciada com muitos mistérios por revelar. "

Brevemente iremos colocar as filmagens da visita