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12/07/2015

MISTÉRIOS DE TOMAR

Excerto da visita cultural quando do
lançamento do livro de Guia Templário
de Manuel J. Gandra.



12/02/2015

GUIA TEMPLÁRIO DE PORTUGAL EVENTO

Lançamento de livro de Manuel J. Gandra
Poesia de João Amendoeira; Nobilis: Luzes e Trevas.
Gualdim Edições, 2015.



No decorrer da vista cultural, inserida no evento de lançamento do Guia Templário de Portugal, vol. V, dedicado a Tomar, João Amendoeira, proporcionou-nos vários momentos de intervenção poética. Todos eles com enfoque na cidade de Tomar e nos locais por onde passámos. 

Ouço… ouço… ouço…

Ouço passos…!
Ou será apenas o vento?
Ouço espadas…
Ou será apenas um ápice do tempo?

Ouço o abrir das janelas
O capítulo em mãos de marinheiros…
Ouço os remos, o içar das velas
A cruz glorificante dos nobres cavaleiros.

Ouço, ouço!
Ouço o vento, as espadas, a janela…!
É ela…! É ela…! Não a estão a ouvir?

É ela, é serena, é bela…
a terníssima Sellium, de nobre nome Tomar
senhora dos reinos de além-ir
do Prestes João, dos cristãos de São Tomé,
dos mitos do oriente,
pátria de matemática e fé
sonhos de água fria e quente
de recifes e cataratas
de conhecimento religiões e serenatas.

É ela… Não a estão a ouvir?
Escutem com atenção,
Verão que ela está no vosso coração:

Iluminada pelo fogo
Adorada pela terra
Baptizada pela água
Içada pelo vento.

É ela, a glória deste momento!




Monólogo da Pedra

Depois da Terra e do Mar, Deus moldou o Amor.
Por vezes, parece um Mar de Pedra.”

Ó Pedra o que fazes no mar?

Sou só uma pedra no mar
o resto não importa

mas se és uma pedra no mar
tens que ter algum entendimento
algum objetivo algum fundamento
tal como o Amor existe entre a gente
por vezes está só e escondido
ninguém o percebe nem sabe o que pretende

sou só uma pedra no mar
se me comparas ao Amor
é porque tens algo para amar
aqui à minha volta só há água salgada
pouco se fala de Amor

pois fica sabendo pedra
que o Amor é mesmo assim
ele pouco sabe de si mesmo
às vezes diz que é paixão
noutras diz que é amizade
no fim diz que é companhia
mas tu pedra és mesmo isso
não fosses tu uma pedra-pomes
saíste de um vulcão em explosão
tal como a paixão sai do primeiro olhar
flutuas tu sobre o mar
tal como a amizade vive sobre a vida
e pelas margens fazes companhia à terra
tal como o amor diz ter de companheirismo

somos isto pedra-pomes
loucos por amor
e agora vou-me embora
antes que digam que enlouqueci por falar com uma pedra

porque assim é a loucura
vai ao mar e vai à terra
enquanto o amor flutua
como eu uma pedra.


 

Amigos do Paraíso

Aqui entre nós
Amigos do Paraíso
Vive o olhar e a voz
O conhecimento e o riso

De muitos que por aqui passaram
E tal como nós
aqui se sentaram
E viveram o melhor de si

Mas somos todos assim
Sempre mais do que queremos ser
Sem começo nem fim
Cada um com sua rota no seu viver

Amigos do Paraíso
Das histórias de Tomar
Que com o coração e um sorriso
Marcamos presença para as recordar.

E hoje o conhecimento se veste
Para todos bem receber
Ouvimos o grande mestre
Com o melhor do seu saber.

João Amendoeira, in Café Paraíso.