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3/23/2008

A crucificação de Santa Maria


A Páscoa é o período em que celebramos a ressurreição de Cristo após o martirio da crucificação. Na Igreja de Santa Maria do Olival, que data do Século XII, decidiu-se este ano reviver esse martirio crucificando, desta feita, a própria igreja. Pelas colunas da Igreja foram espetados pregos de forma a que estes pudessem suportar as folhas de palmeira, curiosamente sinal desse martirio, demonstrando um enorme desrespeito pelo nosso património cultural, para além, obviamente, de o danificar. Esperemos que se apurem quem foram os romanos, mas sabemos que provavelmente toda esta história acabará como habitualmente acaba: com Pilatos lavando as mãos e com o povo esperando a ressurreição.






Actualização:


Depois desta noticia apareçer na primiera página do jornal O Templario, saiu em resposta o Cartoon, da autoria de Carlos Mendes, publicado n´O Templário de 10-4-2008.

3/22/2008

Thomar de Antigamente



É com enorme prazer que anuncio neste blog, a exposição que esta a decorrer na Biblioteca Municipal de Tomar. A Exposição é uma mostra de coleccionismo, tendo como tema principal Tomar no seu passado.


Organizado pelo Clube de Coleccionadores de Tomar, e tendo como expositor Ricardo Branco, que teve como objectivo primordial incentivar todas as pessoas ao coleccionismo, bem como realçar as mudanças evidentes que foram surgindo com a evolução da Cidade de forma a que possamos olhar para o “nosso” património e para a “nossa” cultura de forma diferente, para que se possa preservar durante mais anos e de maneira a que as gerações vindouras a possam estudar e fundamentar as suas opiniões tal como os nossos antepassados o fizeram e como nós próprios o fazemos.


A exposição estará aberta ao público até ao dia 31 de Março de 2008, no átrio da Biblioteca Municipal de Tomar. Esta exposição assinala também o aniversário do Clube de Coleccionadores de Tomar que comemora 10 anos, como tal estão anunciadas novas exposições no decorrer deste ano.


Ao clube de Coleccionadores de Tomar desejamos um futuro muito próspero!

Algumas fotografias da exposição:







Até breve

3/09/2008

O Porto de Thomar (Estaus)


Em Tomar, a margem esquerda do Nabão foi sempre a preferida pelos povos antigos: Celtas, Iberos, Romanos, Visigodos, etc... Todos eles deixaram marcas das suas construções nesta margem hoje freguesia de St. Maria dos Olivais. A margem direita, até à ocupação Templária era naturalmente inóspita porque o Nabão inundava o local, hoje freguesia de S. João Batista. Certo que havia uma via Romana que dava acesso à ponte e que provinha de Olisipo e se dirigia a Bracara Augusta. A ponte seria mais comprida no sentido da corredora: as guardas prolongavam-se até à embocadura da rua dos Moinhos.

O Nabão entrava, como hoje, em Tomar dividindo-se em dois cursos distintos: um que seguia a norte do mouchão, pela esquerda, para a ponte, passando junto ao mosteiro de St. Iria o qual era mais forte; outro que inundava a zona que é hoje o jardim da Várzea Pequena que, nesse tempo, era repleto de espadamas, juncos e lodo formando o seu curso na direcção da rua dos Moinhos passando por debaixo da via Romana que ali teria um pontão; dava movimento às rodas das azenhas e vinha passar ao fundo da rua da Graça junto dos Estaus atingindo o curso principal perto do antigo matadouro.
Foi o Infante D. Henrique que viria a transformar e a dar uma grande importância ao rio ao construir a famosa Escola de Navegadores que a tradição erradamente consagrou em Sagres. Esses edifícios tinham como nome Estaus, eram enormes edifícios, para a época, que ocupavam o primeiro quartel a rua dos Arcos; um frente ao outro cujas fachadas tinham 16 arcos Góticos cada igual número de janelas do mesmo estilo por cima do vértice de cada arco; davam luz a enormes salões que serviam de escola, refeitórios e dormitórios. Era aqui que ficavam hospedados os astrónomos, astrólogos, geólogos, cartógrafos, marinheiros... Nos baixos funcionavam as oficinas,c arpintarias, tanoaria, saboaria, segeiro, cordeiro, esparteiro... os armazéns, os mercados, etc.. aqui se construíram as peças para os veículos de passageiros de carga, para embarcações que eram montadas em S. Lourenço junto às ferrarias(também aqui já celtas e Romanos trabalhavam o ferro na antiguidade). A título de curiosidade foi nestas ferrarias de S. Lourenço que D Manuel I anos mais tarde mandou construir canhões para as Naus.

Prontos os barcos facilmente seriam lançados ao rio até ao porto de Punhete (castelo de Constância) onde eram finalizadas as embarcações. Dai seguiam Tejo abaixo até Lisboa de onde se iniciava a grande aventura dos descobrimentos ou achamentos.

*Restos dos arcos...