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7/12/2010

CRÓNICA DO 12º ENCONTRO

Thomar sob o Signo de Hermes
Circuito dos 5 Elementos


Diversas são as leituras possíveis dos estilos arquitectónicos que se conhecem nos monumentos de Tomar. Os quinhentos anos de construção, quase ininterrupta, possibilitam as mais diversas incursões pelo espírito que presidiu cada momento que esta cidade viveu ao longo da História de Portugal. E se muitos outros locais da Europa têm permitido múltiplas interpretações e até por vezes romanceadas, Tomar não é menos imbuída dessas possibilidades simbólicas e rocambolescas.


Desta feita, o blogue http://blog.thomar.org dos Cavaleiros Guardiães de Santa Maria do Olival, promoveu, no fim-de-semana passado, mais uma visita cultural pela cidade subordinada ao tema: “Thomar sob o signo de Hermes – Circuito dos 5 Elementos”.

Muitos foram os que participaram nesta visita guiada por João Fiandeiro – presidente da APTC – conhecedor da mais íntima história do património, que ao longo dos cinco monumentos visitados, foi acompanhado por um misterioso Alquimista, encarnado por João Patrício, que eloquentemente leu a poesia de João Amendoeira – um poeta de Tomar com obra publicada - escrita de acordo com a tónica que se deu a cada monumento.

Se a Igreja de Santa Maria do Olival, outrora quase soterrada, se relaciona de forma natural com o elemento Terra, Santa Iria, com a sua cisterna é água, São João Baptista, santo das fogueiras, é fogo, Nossa Senhora da Conceição, como que a pairar sobre a cidade e construída para última morada do D. João III antes de “ascender aos céus”, é ar, e por fim, a Charola, o quinto elemento por excelência, que na sua forma circular perfeita, gere todo o quadrado constituído pelos outros quatro elementos, através dos quais se caminhou até chegar ao pórtico do Convento, onde se esconde o cúpido dissimulado que talvez esconda em si próprio o segredo do quinto, o amor.


Ninguém saiu do encontro a julgar Tomar uma cidade alquímica, nem crentes de misteriosos e insólitos alquimistas escondidos na arquitectura Tomarense, e se não aprenderam a fabricar a pedra filosofal que as obras medievais invocam, aprenderam que a História de Tomar é essa quinta essência aristotélica que permitiu viver a alquimia da poesia e do encontro com o património.

O jantar de confraternização permitiu aos mais interessados no tema, conviver com Walter Grosse, autor do livro “Fulcanelli, un secret violé”, o qual terá em tempos estudado a obra arquitectónica de João de Castilho e Boitaca sob essa perspectiva.

Usando as palavras de João Patrício, o alquimista, “são estes eventos que permitem descobrir o elixir da longa vida que os alquimistas procuravam, da longa vida para os monumentos que conseguiram chegar até aos dias de hoje”.
 

Thomar sob o Signo de Hermes
Circuito dos 5 Elementos
Passeio Cultural a 5 Monumentos
S

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente descrição do que vivemos.
Sandra Mendes