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5/28/2011

QUINTA DO CONVENTINHO

HISTÓRIA LENDA E MISTÉRIO
Autoria: Paulo Andrade | Cethomar



A Quinta do Conventinho tem sido palco de encontro de alguns elementos do Cethomar nos últimos meses, não só para desfrutar da beleza dos seus jardins e cascatas mas também para discussão de alguns trabalhos que vieram a ser publicados no blog. São várias as motivações que levaram à escolha deste local e todas elas se relacionam com Tomar.
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Encerra a Quinta do Conventinho algumas curiosidades que facilmente permitem estabelecer um termo de comparação com os mistérios Templários de Tomar, senão mesmo entendê-los. Exemplo disso é a existência de uma assombrosa cripta mesmo por debaixo da capela-mor e à qual se acede através da remoção de uma pequena tampa tumular, sendo a cripta coberta por uma grande pedra semelhante à que encontramos em Tomar na igreja de Santa Maria dos Olivais  designada como a pedra oblíqua, não obstante as reservas que temos quanto à suposta cripta de Tomar. Alias, são três as criptas existentes nesta antiga capela consagrada ao culto do Espírito Santo. Se existe local onde poderemos sentir o que eventualmente as lendas de Tomar ditam sobre a cripta de Santa Maria, esse sítio é a Capela da Quinta do Conventinho, não obstante ser de data posterior.

Mas não fiquemos apenas por aqui, pois não é de somenos importância a lenda que rodeia este local situado em Santo António dos Cavaleiros que refere a existência de um túnel que liga este convento masculino ao convento feminino de Odivelas onde D. Dinis encontrou a sua última morada terrena, e entre os quais se pode desenhar facilmente uma linha recta. Ideia semelhante existe em Tomar em relação ao antigo convento masculino que se situava em Santa Maria e o convento feminino de Santa Iria, todavia sem alguma vez se ter comprovado a existência desse mítico túnel.

Não pense o leitor ficarem por aqui as analogias que apontámos como as motivações para o consagrar aos nossos encontros, e antes de revelar o motivo que levou-nos a convidar o Paulo Andrade a escrever um artigo sobre o convento, há que dar noticia de que no claustro onde foram sepultados durante séculos os freis conventuais do Espírito Santo é possível perceber o que eventualmente se esconde debaixo do lajeado sepulcral do claustro do Cemitério do Convento de Tomar, os quais nunca foram expostos e estudados como os da Quinta do Conventinho.

Não é de excluir das nossas motivações o facto de ser um convento consagrado ao Espírito Santo, o que nos remete indirectamente para as ideias messiânicas partilhadas pelo nosso Rei Poeta e por D. Manuel I, assim como para as solenes festas de Tomar.

A título de curiosidade, há que referir um dos nomes incontornáveis da biografia deste espaço: Alves dos Reis, certamente o maior “burlão” da história portuguesa e possivelmente um dos maiores do mundo, tendo-se tornado numa espécie de cartão de apresentação a quem o visita actualmente.

Por fim, e de forma a não prender por mais tempo no “vestíbulo” deste artigo o leitor ávido por descobrir a Quinta do Conventinho, só nos resta dizer que foi este lugar adquirido, após a extinção das ordens religiosas, por um homem que de igual forma adquiriu parte do Convento de Cristo: António Costa Cabral, o primeiro Conde e Marques de Tomar.

                                                                                  Degraconis
                                                                               P’lo Cethomar

Parte I
Publicação prevista para o fim do mês de Junho.
Eventual possibilidade de visita do local, incluindo a cripta
Max: 30 pessoas. Reserva Obrigatória

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem diria o conventinho ter tanto para dizer. Moro em Frielas e o conventinho é um dos locais onde levamos os nossos filhos a jogar à bola nos fins de semana. Não sei se conhecem mas existe um exemplar fabuloso de uma árvore da espécie dragoeiro.
Carlos
Valente

RUI GONÇALVES disse...

É uma belissíma árvore de alguma raridade. Só por isso vale a pena ir ao Conventinho. Acontece porém estarem as raízes dessa árvore dragão a "levantar" o chão da capela mor. Fica essa árvore encostada à capela.
Se gosta de árvore digo-lhe para ir ao claustro e tentar perceber que árvore é aquele que lá está. Irá ficar supreendido... parece uma árvore mas não é. Fico aguardar notícias suas.