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4/25/2008

Túneis de Thomar por J. M. Sousa em 1903


Transcrição do livro “Noticia descriptiva e historica da Cidade de Thomar” por J. M. Sousa, Editado em 1903, páginas. 180 e 181.

“Corre em Tomar, por tradição que entre o castello e a egreja de Santa Maria tinham os Templarios uma via subterrânea que ia desembocar n`aquella torre; outros dizem que dentro da egreja: É certo que na base do castello, chamado castello novo, há uma abertura com degraus que, a não ser a estrada d`aquella via, não se sabe com que fim foi feita, nem onde irá ter. É certo que um velho, que viveu no tempo dos frades e depois foi guarda do convento, nos disse, já há muitos annos, que tinha por ali descido na companhia de alguns frades e que haviam chegado até debaixo da povoação, porém que não poderam continuar por estar tudo muito entulhado e haver dificuldade em respirar, chegando mesmo a apagarem-se as luzes por falta de circulação do ar. Há alguns annos e por mais de uma vez abateu o terreno na rua da Graça, junto á egreja da Misericórdia, suppoz-se ser a abobada d`aquelle túnel que abatesse n`aquelle ponto. Valia a pena fazer explorações, para se saber o que há de verdade a este respeito. A torre a que nos referimos parece que foi ameiada, depois apeiaram se as ameias e fez se lhe um accrescento com campanários; talvez por ficar baixo, fizeram-lhe ainda outro, onde estão agora os sinos; no pavimento deste vêem se algumas lages com letreiros, o que mostra terem servido de campas funerárias a pessoas distintas; estes letreiros porém estão já apagados que difficilmente se poderão ler; alguns são em gothico.”

Este autor faleceu em 1905.

*fotografia tirada na Mata dos 7 Mon7es

65 comentários:

Ricardo Branco disse...

"Encontrarás mais nos bosques que nos livros; as árvores e as pedras ensinar-te-ão coisas que nenhum homem poderá dizer-te."

Bernardo de Claraval

Ricardo Branco disse...

Os próximos comentários foram textos escritos pelo Degraconis neste blog nos primeiros meses (Dezembro2006 e Janeiro2007). Serão transcritos para aqui, para se puder confrontar algumas das pesquisas que nos indicou.

“Veja-se o que nos diz Pedro de Roure Pietra em 1836, um dos primeiros administradores da fábrica de Papel do Prado.
Segundo informações deste, além da junta de paróquia ter mandado quebrar as cruzes templárias do adro da igreja (tal devia ser a força da imagem destas), encontra-se num dos quintais perto da igreja, cave toda ela forrada a cruzes templárias. Mais ainda, a boca de um dos poços ali existentes tinha na “boca” uma cruz templária.”

Ricardo Branco disse...

“Vou deixar aqui um texto que foi retirado do livro de Eduardo Amarante (templários, da formação de Portugal às Descobertas, vol 4-tomo 1 e relata a descrição dos subterrâneos no convento de Cristo, castelo baixa da cidade. “

"Os cavaleiros templários usavam o templo para iniciações de cavaleiros .Na ausência de porta para o exterior ,a entrada fazia-se pelos subterrâneos ,onde os candidatos teriam de passar pela prova dos quatro elementos. Um dos acessos para os subterrâneos do convento situa-se algures na parede do poço que se encontra no pátio de entrada do seminário.
Pessoalmente visitei no local ,em 1991,acompanhado por um funcionário do ippar ,uma câmara subterrânea com vestígios numa das paredes de ter havido ai uma entrada que foi posteriormente tapada .O mesmo sucede na capela subterrânea da torre de D.Catarina
em que è visível uma porta que dava acesso a um túnel e que se encontra desde à anos tapada .Estes subterrâneos comunicavam entre si e com a Igreja ou templo de Santa Maria do Olival, casa matriz dos templários ,onde nos anos quarenta ,foi colocada uma enorme lapide na entrada do túnel situada na nave ,próximo do altar-mor, que ,bifurcando-se ,conduzia ,por um lado ao mosteiro de St Iria e por outro ,chegava ate à praça da republica (onde se encontra a igreja de S.João Baptista),passando por baixo da rua corredoura (actual rua Serpa Pinto).Dai seguia seguramente para o interior do castelo, não fosse .à semelhança de outros subterrâneos ,o encontrar-se tapado."
André Jean Parachi

Ricardo Branco disse...

“Texto de Umberto Eco em que descreve o castelo e convento, e onde fala da tal sala de iniciação (julgo que já todos conhecem este texto, mas o transcrevo de qualquer forma):”

"Se eu conseguia imaginar um castelo templário, assim era Tomar. Sobe-se por uma estrada fortificada que bordeja os bastiões exteriores, de seteiras em forma de cruz, e respira-se uma atmosfera cruzada desde o primeiro instante. Os Cavaleiros de Cristo tinham prosperado durante séculos naquele lugar: a tradição pretende que tanto o infante D. Henrique como Cristóvão Colombo eram dos deles, e com efeito haviam-se dedicado à conquista dos mares - fazendo a riqueza de Portugal………Comovi-me ao entrar na igreja dos Templários, com a sua rotunda octogonal que reproduz a do Santo Sepulcro. Encheu-me de curiosidade o facto de na igreja, conforme a zona, as cruzes templárias serem de forma diferente (…)

Depois o nosso guia levou-nos a ver a janela manuelina…… Mas dos dois lados da janela, a encerrar como que dentro de uma muralha as duas torres que a enquadravam, viam-se esculpidas as insígnias da Jarreteira. O que estava a fazer o símbolo de uma ordem inglesa naquele mosteiro fortificado português? O guia não soube dizer, mas pouco depois, de outro lado, creio que de noroeste, mostrou-nos as insígnias do Tosão de Ouro. Eu não podia deixar de pensar no subtil jogo de alianças que ligava a jarreteira ao Tosão de Ouro, este aos Argonautas, os Argonautas ao Graal, e o Graal aos Templários…. Tive um sobressalto quando o nosso guia nos levou a visitar uma sal secundária, de tecto coberto em fechos de abóbada, Eram pequenas rosetas, mas algumas tinham esculpidas uma cara barbuda e vagamente caprina. O Baphomet (…)

Descemos a uma cripta. Ao fim de sete degraus, uma pedra nua leva à abside, em que poderia aparecer uma altar ou o cadeirão do grão-mestre. Mas chega-se, passando por baixo de sete fechos de abóboda, todos em forma de rosa e cada um maior que o anterior, e o último, mais expandido, por cima de um poço. A cruz e a rosa, e num mosteiro templário, e numa sala certamente construída antes dos primeiros manifestos rosa-crucianos... Fiz algumas perguntas ao guia que sorriu: " Se soubesse quantos estudiosos de ciências ocultas vêm aqui em peregrinação... Diz-se que esta era a sala de iniciação...."

Ricardo Branco disse...

Este comentário foi do "Zé da cidade dos incultos" em 7/2007:

"Em x de ajudarem só atrapalham, que participantes estes!

Sempre soube que Thomar e todo aquele terreno é mágico!

Que vos parece de um terreno onde há milhões de anos, os dinossauros pisavam e os primeiros homens habitavam, no vale do Nabão recolhiam todo o que era necessário para a sobrevivência, usavam aqueles montes para fazer o seu sagrado culto, e as suas dádivas e sacrifícios.

Várias civitas romanas: S. pedro de caldelas, Cardais, Sellium, Concordia, Payalvo, varias estradas Romanas se cruzavam em Thomar.

Reparem os nomes de algumas localidades e de alguns santos presentes neste concelho: Sta Cita, St Iria, São Pedro, N. Sra. das Lapas, Madalena, São Pedro das Caldelas, S. Lourenço, etc, etc.

Na Linhaceira e Asseiceira, deu-se a luta entre o Absolutismo e o liberalismo, de D. Pedro e D. Miguel.

A Igreja de Sta Maria dos Olivais é o Panteão dos Templários em Portugal.

o Facto de uma cidade ter 9 igrejas e capelas, todas elas desaparecidas, de ter vários conventos, como é possível numa cidade com a dimensão de Thomar??!!

Quando cidades como Soure, Castelo Branco, Leiria, Montemor, Pombal, entre tantos outros tem galerias, criptas, túneis de saída do castelo, porque em Thomar nem de uma se fala? a cidade com maior importância medieval Portuguesa...

Acima de Sellium encontrão um povoado que se chama Porto de Cavaleiros... um pouco mais acima há outra que se chama Agroal... (Ao Gral). Não se esqueçam que os Templários só confiavam em terrenos anteriormente povoados... Thomar é todo ele reflexo disso.

Para aquecer um pouco mais, não é precisos ser bruxo, nem ler as cartas para saber que há diversos subterrâneos no convento e que vários deles saem do castelo em varias direcções, uma das saídas é pela Torre de D. Catarina e vai em direcção á Igreja da Misericórdia. (em todas as cidades com castelo, há sempre um túnel que vai para a igreja da misericórdia!), também vos posso adiantar que varias(!!!) igrejas e capelas, existem varias criptas e subterrâneos, é mais que lógico que o Panteão tenha uma cripta, e não é tão pequena, nem sai para fora dos limites da igreja como na da Graça em Santarém (degraconis!).

Um comentário anterior tem uma pergunta que incide com população de Thomar sobre a aceitação do blog... é triste dizer isto, mas é totalmente verdade, a maior parte das pessoas não conhece nada sobre os templários, nem tão pouco ligam ao tema, tal como não perdem tempo na net em pesquisas, da mesma forma que qualquer pessoa que fale em túneis, chama-lhe louco convicto! Desta forma não me admirou nada o facto do Convento de Thomar não pertencer as 7 maravilhas de Portugal, pois isto só pode ser mm a terra de incultos, pois é de facto um exemplar (quase) único no mundo, e com um simbolismo, magico, que nos transmite conhecimentos milenares de povos há muito extintos...

Bem! o acumular de pensamentos, explodiu hoje. Peço desculpa"

Ricardo Branco disse...

O Degraconis já tinha refiro a presença dos seuintes tuneis/minas:

*“Assim, poderemos dar conta, da descoberta de um túnel a vários metros de profundidade perto da alameda 1 de Março, do qual se tem duvidas se do período romano ou medieval.”

*“Julga-se que existe um outro poço junto ao fórum, contudo não escavado.”

Eu aproveito para dizer que nas escavações que fizerem durante as obras do pavilhão e estádio municpal, encontraram um poço e que ainda lá continua.

Na baixa da cidade são varias as casas que tem poços e cisternas.

Espero que todos estas achegas vos ajudem a clarificar melhor algumas ideias.

Até breve.

Anónimo disse...

O túnel da foto já foi percorrido por muita gente,mas infelizmente a certa altura essa mina de água tem um fim.Antes de chegar perto do castelo.

Anónimo disse...

Boa Noite

Conheço a mina da Porta do Sangue e aquela cujo nome não sei, que tem um pequeno tanque à frente...
Será esta foto da minha da Charolinha ?. As fotos às vezes dão ideia errada das dimensões das coisas.

Ricardo Branco disse...

Olá.

Esta foto foi tirada, logo junto à entrada da Mata, do lado direito, a seguir a um parque de merendas (mesas e bancos.

Amigo Inside job o que lhe pareçe o texto do J. M. Sousa? visto ainda não ter tido conheçimento da sua existência?

O que pode adiantar mais sobre as minas/tuneis da alameda 1 de Março?

Abraço até breve.

Anónimo disse...

Alucinações

Anónimo disse...

"Quando cidades como Soure, Castelo Branco, Leiria, Montemor, Pombal, entre tantos outros tem galerias, criptas, túneis de saída do castelo..."

ONDE????

...in your minds....

Anónimo disse...

DEGRACONIS

A mina do Sangue não só tem um pequeno lago na sua entrada. Tem também um sinal que não é visível actualmente em virtude da força da vegetação que cresce em seu redor. È uma marca templária, que a todos convido a procurar. Foi essa marca que levou-me a percorre-la até onde...

Bem haja

Anónimo disse...

DEGRACONIS
Nos primórdios do blog discutimos questões relacionadas com os supostos subterrâneos. Procurei-os agora entre as centenas de comentários da altura e por fim os descubro. Acho que são de todo o interesse para a discussão que agora se avizinha, e como tal atrevo-me a repetir alguns aqui, através de transcrição. Porém alguns pontos que surgem nesses comentários já tiveram desenvolvimentos, mas abstenho-me agora de os rectificar por falta de tempo. Perdoem-me aqueles que já os conhecem. A bem dos que não os leram e que só agora a meio caminho nos acompanham.

(DEZ/2006)
“Depois de alguns reparos aos textos já publicados no blog, e que apenas servem para um alinhamento com os factos históricos, passo ao momento seguinte. A iniciação aos mistérios Tomarenses, sem no entanto abster-me de pautar-me por uma coerência com a realidade factual(no que for possível).

Do pouco que poderei partilhar convosco, apelo-vos ajuda no âmbito de apurar a verdade do que direi. Porque em boa verdade não sei se terá correspondência com o real, senão apenas com a ficção, tão cara(e apetecível) aos investigadores líricos dos dias de hoje.

No fim do século XIX foram vários os abatimentos de terra que se verificaram na rua da Graça, junto à igreja da Misericórdia. Supõe, autor da época, que tal seria a abobada de um tunel abater-se naquele ponto, pois por tradição corria em Tomar a ideia de que entre o castelo e a igreja de Santa Maria de Tomar existia uma via subterrânea que teria o seu desfecho ( ou começo, como se queira ) na torre, ou como outros dizem, dentro da própria igreja. Pelo que se constata tem-se a ideia que tal túnel passaria por tal rua. Pergunto. Terá sentido?

Mais ainda. Esclarece-nos que na base do castelo, chamado castelo novo, há uma abertura com degraus, que a não ser o inicio de tal via, não se sabe onde irá desembocar. Julgo que ele está a referir-se à torre de D.Catarina, mas não tenho a certeza. No entanto à relativamente pouco tempo tive oportunidade de conhecer “nativo” da zona de Tomar que contou-me que quando criança brincava nessa precisa torre. Relata-me que exista umas escadas, as quais desciam, deparando-se no entanto com o túnel obstruído um pouco mais à frente. Infelizmente perdi o contacto de tal indivíduo.Das incursoões que foram feitas a tal local, à pouco tempo, tal não se consegue verificar na plena certeza, apesar de ainda se conseguir perceber que algo existia ali. Alguma achega a isto?

Acrescenta ainda, tal autor, que “… É certo que um velho, que viveu no tempo dos frades e depois foi guarda do convento, nos disse, já há mitos annos, que tinha descido na companhia de alguns frades e que havia chegado até debaixo da população, porém que não poderam continuar por estar tudo muito entulhado e haver já difficuldade em respirar…”

Tais relatos no ano de 1903, tendo o autor de tais linhas falecido em 1905.

Quem familiarizado com a literatura moderna sobre o tema, não se surpreende com tais factos. Porém, talvez sejam estas as linhas que inspiraram os pseudo romancistas templaristas dos nossos dias. Ler tal, escrito numa época em que ainda não “rendia” dinheiro escrever sobre tal tema é deveras delicioso. È tal que implusiona-me na senda dos mistérios templários.

Tal a verificar-se ( a passagem debaixo do rio ), estamos diante de um feito talvez inédito. Alcançado somente pela engenharia moderna, caso do Tamisa.

Faz-se tarde. Continuarei numa próxima oportunidade.”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(DEZ/2006)
“Se o tal túnel, quer a ser uma simples mina de água ou autentica via subterrânea, não passam do foro da mitologia tomarense, porquanto não existe qualquer tipo de dado que nos aponte noutro sentido, outros relatos mais objectivos existem.

Como é do conhecimento geral, a cidade de Tomar tem sido, desde à pelo menos dois séculos, alvo de uma série de intervenções arqueológicas, que dentro do possível tem persistido. Tal insistência não é eco das mitogenias templárias ou reflexo de uma burlesca procura de um tesouro graalistico. É fruto da constante suspeita de ter sido Tomar um importante centro civilizacional romano, a par das outras “polis” romanas. Scallabis e Conimbriga. Se estas duas estavam bem definidas em termos de localização, de Seilivm não se sabia as coordenadas. Localiza-la era um desafio, terreno por desbravar. Cláudio Ptolomeu refere-se a Seilivm como situada entre as outras duas cidades, o que tornava bem viável Tomar como sendo a antiga Selivm.

È nesta linha de ideias que encontramos a insistência de “cavar” em solo Tomarense.

Mas porque falo eu de tal assunto? Porque das pesquisas arqueológicas levadas a cabo em Tomar, e já transpostas para esboços e esquemas tal malha urbana, podemos aproximar-nos do que Gualdim Paes conheceu na altura. È sabido que em tal época essas construções, em ruínas possivelmente, eram bastante visíveis, tendo contribuído para as mais diversas decisões de Gualdim Pães. A igreja de santa Maria do Olival é um exemplo. O quase sepultamento da igreja atesta o quanto esse passado arqueológico (e religioso) influenciou as decisões da milícia templária Portuguesa em terras de Selivm.

Repare-se que em 1570 ainda se viam muitas ruínas entre a Igreja de Santa Maria do Olival e Santa Iria.

Contudo, nem todas as intervenções foram exclusivamente apadrinhadas por esse espírito de descoberta de construções romanas. Na década de oitenta alguns naturais, e por isso familiarizados com as diversas lendas locais ( Santa Iria, Paços de Castinaldo, vestígios romanos, túneis, etc ) efectuaram uma pequena sonda atrás do quartel dos bombeiros. È assim que são descobertos, e postos à vista, as ruínas que hoje conhecemos junto ao tal quartel, o que provavelmente foi o Forum. Ao abandono infelizmente.

Estes campos de trabalho, no âmbito da tal cidade romana perdida, têm os seus efeitos colaterais. Não só descobrem elementos circunscritos a tal período, como também revelam outras épocas de povoamento. No nosso interesse, o período medieval. Assim, poderemos dar conta, da descoberta de um túnel a vários metros de profundidade perto da alameda 1 de Março, do qual se tem duvidas se do período romano ou medieval. Toma este, o sentido do Fórum ou de Santa Maria do Olival ( o fórum é perto da igreja ). Julga-se que existe um outro poço junto ao fórum, contudo não escavado.

Estamos perante um dado concreto e documentado. Será um dos tais túneis? Este existe e não é mito. Os especialistas não o conseguem catalogar em termos de período, apontado que pode muito bem ser medieval.

Mas existe outros depoimentos documentados dotados de um gostinho especial de mistério. Veja-se o que nos diz Pedro de Roure Pietra em 1836, um dos primeiros administradores da fábrica de Papel do Prado.
Segundo informações deste, além da junta de paróquia ter mandado quebrar as cruzes templárias do adro da igreja ( tal devia ser a força da imagem destas ), encontra-se num dos quintais perto da igreja, cave toda ela forrada a cruzes templárias. Mais ainda, a boca de um dos poços ali existentes tinha na “boca” uma cruz templária. Interessante não? Faz-me lembrar a pequena gruta na mata dos sete montes, que de igual forma está marcada ( já percorri tal túnel pantanoso).

Saudações Fraternas
(Espero noticias vossas.)”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(DEZ/2006)
"Antes de desenrolar-me no comentário de agora, quero dizer-vos que a minha contribuição assídua irá abrandar nos próximos tempos em virtude de alguma escassez de tempo. Os templários exercem em mim tal fascino que não resisti a participar de uma forma quase complusiva no blog, para mais com um título alusivo ao panteão de Santa Maria de Tomar. Contudo nestes últimos tempos o meu espírito tem pairado sobre outras investigações. A Quinta da Regaleira, que presumo conhecerem.

Os trabalhos de investigação do Eduardo Amarante, a par de alguns de outros investigadores da mesma altura, inserem-se no espírito providencialista português. Aliás repare-se na cultura portuguesa produzida nos últimos quatrocentos anos, Sebastianismo e Quinto Império (essencialmente). Estes autores reanimam essa alma que persiste em nos assolar, esse sentimento messiânico e consolador, próprio de uma nação que foi tudo e que passou a ser nada, mas que espera o seu súbito ressurgimento como um império de cultura ( no dizer de Fernando Pessoa ). A estreiteza deste local não permite-me alargar neste tema. Adiante.

É curioso, mas os volumes que há uns anos faltavam-me dessa colecção do Eduardo Amarante, Templários de Milícia Cristã a Sociedade Secreta, composta de oito volumes, adquiri-os em Tomar. Informo, para quem os queira adquirir, que a editora Zéfiro está a edita-los, não em oito volumes mas ai nuns três mais compactados.

Muito temos agradecer às contribuições do Eduardo Amarante, pois foi profícuo nos temas que tratou. Conheci-o numa conferência à quinze anos ( era eu um adolescente ) e por ele conheci a HPB, que em muito contribuiu para a minha formação inicial esotérica.

Da citação que transcrevem no Blog ressalta-me algumas questões e não sei se poderão-me ajudar na sua compreensão. Quem plagia quem? O Eduardo Amarante ou o André Jean Parachi? E porquê a pertinência desta questão? A quase totalidade do depoimento do Eduardo é igual ao depoimento do Paraschi nos seus livros. Tiveram os dois acesso a tais conhecimentos ou limitam-se a repetir-se? Donde realmente vem tais conhecimentos? Seja como for, de um ou de outro, fico com a sensação que romantizaram a lenda popular com o acrescento de uns dados mais concretos, porque da descrição que obtive de um natural de Tomar, tal lugar na torre da D.Catarina, não é caso para enfatizar que lá existe uma porta(no sentido literal) com acesso a um túnel, já para não falar da habilidade em chamar a tal sala, de câmara ( iniciática porventura ). Sobre tal oportunamente falaremos, até porque tal local não é de negligenciar, julgo mesmo que será da maior importância para dar uns passos no trilho da verdade.

Para quem leia este texto e não conheça o André Jean Paraschi, deixem-me em forma de intercalo dar conhecimento de que personagem se trata:

“Em 29 de Dezembro de 1992, a Ordem do Templo foi restaurada canonicamente pelo Papa e Patriarca de Alexandria e Toda a África da Igreja Ortodoxa Grega, Parthénios
A Ordem do Templo é assim restaurada com a benção e consentimento Canónico da mesma Fonte de Honra(Fons Honorum) e do mesmo Poder Espiritual que deu início à sua existência no século XII. O evento foi amplamente noticiado na imprensa helénica e portuguesa.
André Jean Paraschi foi empossado como Grão-Mestre. Algum tempo depois a Ordem do Templo recebe a benção do Eminentíssimo Exarca do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla para a França e Penísula Ibérica. Recebe ainda a benção do Eminentíssimo Arcebispo de Thyatheira e Grã Bretanha e do Eminentíssimo Arcebispo de Suceava e Radauti.”

Foi sem dúvida um dos grandes estudiosos no nosso pais do tema Templário, tendo nos legado (já falaceu),entre outros, os seguintes livros:

História dos Templários em Portugal / Expansão Territorial.
História dos Templários em Portugal / A Fundação e os Mestres da Ordem.
Símbolos Mágicos(?) da Ordem do Templo e da Ordem de Cristo.
A Restauração da Ordem do Templo.
Portugal Mágico dos Templários / Roteiro de Locais e Monumentos Templários em Portugal.
Segredos Templários: Bafomé.

É um dos incontornáveis autores modernos no estudo do movimento do templo em Portugal. No livro Portugal Mágico dos Templários aparece o Paraschi na Igreja de Santa Maria do Olival com o Senhor António Mendes (será este o nome?), guarda do templo, a mostrar algumas curiosidades deste lugar.

“Um dos acessos para os subterrâneos do convento situa-se algures na parede do poço que se encontra no pátio de entrada do seminário” citação da citação. Quando li tal descrição à uns anos procurei saber de que local se tratava, mas o nosso empenho foi escasso, e não obtivemos conclusão sobre onde se situaria tal local. Alude-se a um tal seminário, mas não o localizo. Alguma ajuda da vossa parte? Agradecia.

Antes de terminar e já com o Deus Cronos a ceifar-me o tempo, um comentário brevíssimo à importância das “vivências romanas”, como dizem no blog, e para reflexão, alias como é sugerido.

Quando os templários começam a edificar o castelo urgia conclui-lo rapidamente, porque podia dar-se o caso de um momento para o outro, serem atacados pelos Sarracenos, apesar de naquele tempo existirem fortalezas mais avançadas, Santarém e Lisboa e algumas no Alentejo. De qualquer forma havia pressa em dá-lo por terminado. Como tal era natural que aproveitassem todo o material de construção que pudessem colher nas ruínas da antiga cidade de Nabância que situava-se a nascente do rio. Foram então recolhidas dali todas as pedras que servissem o propósito e pouco lhes deve ter importado o valor artístico ou alto valor histórico que elas tivessem. Nem o devido merecimento tiveram na aplicação no castelo, pois muitas, e excepção faz-se à pedra da base da torre de menagem com a inscrição de Génio do Município, estão viradas ao contrário, e possivelmente amiúde viradas de forma a que hoje não as conhecemos. Decerto eram obras do paganismo e não os preocupou utiliza-las.

Remate final: Não se fique com a ideia que, apesar de fascinado pelos templários, pretendo única e exclusivamente desmistificá-los, pois a natureza de muitos dos meus comentários apontam nesse sentido ou descredibiliza o mote lendário.

A verdade é uma descoberta de sucessivas mentiras cada vez mais pequenas, e em tal verdade devemos fundar a nossa busca. Se não eliminarmos o que pode ser ficção, se não separar-mos o “trigo do joio” nunca nos poderemos concentrar no que talvez seja mesmo a verdade. Ela existe e aguarda-nos, contudo com tanto joio escapa-nos o local exacto onde procurar a verdade ou o mito que não é mito. Garanto-vos que a realidade é bem mais fantástica do que a ficção, temos é medo de a procurar porque na verdade não acreditamos que ela existe, e acabamos por viver uma vida num mito.
515”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(DEZ/2006)
“Boas...

Alguma novidade sobre a localização desse tal poço junto ao seminário, Azul?????

Apelo à contribuição do CM no blog.”

“Dê-se o caso de não saberem também onde tal poço do seminário se encontra, poderemos encetar uma demanda em conjunto a tal local através da troca de opiniões e informações, por aqui ou mesmo por email.
Fico aguardar notícias.. PAX”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(DEZ/2006)

“Voltei a reler as passagens do Eduardo Amarante sobre os tais subterrâneos. De uma leitura atenta (que não fiz da primeira vez) verifico que afinal tal citação do Eduardo é precisamente retirada do Paraschi. Injustiça minha pensar que tratava-se de plagio. Plagio sim mas assumido. Se com o Eduardo ainda podíamos tentar alguns esclarecimentos, apesar de ele actualmente estar a viver no Brasil, do Paraschi esclarecimento algum poderemos obter, pois infelizmente faleceu ( prematuramente ).

Mas analisemos as suas afirmações:

Primeiro, a confusão da frase é tremenda, e talvez até intencional.
Diz-nos ele que “na ausência de porta”, e sem dúvida esta a referir-se à Charola, corroborando esta afirmação em excerto do livro “Monumentos Das Ordens Militares Do Templo E De Christo Em Tomar”, citado na mesma página pelo Eduardo, em que se refere que “Exteriormente não tem porta….”.

Infelizmente não consegui ainda obter tal livro, não porque não o encontre mas porque na verdade não se o consegue adquirir por menos de uma vintena de contos ( mas sei onde se encontra à venda actualmente para quem quiser). Não duvido que tal afirmação seja literalmente extraida do livro, mas julgo que o autor ( J.A.Santos 1879 ) se equivocou na leitura do livro Monarchia Lusitana (ano de 1597 o primeiro volume) do Frei Bernardo de Brito (ou no livro do V.Guimarães) onde se pode ler o seguinte:

“… Comunicação com o exterior não havia, não só porque não era precisa,…” e logo nos diz o porquê “mas porque era ali um dos ângulos da fortaleza…”

E não era precisa porquê? Porque a povoação ficava a nascente do castelo e já existiam , julgo eu, três portas no castelo, duas delas ainda hoje visíveis. Do lado da Charola não havia necessidade de haver porta. É a isto que ele se refere e não especificamente à Charola ( esta estava inserida na malha da muralha, pensa-se). Extrapolou-se erroneamente que se referia à Charola e como tal, o facto de não ter comunicação com o exterior se referia a que não havia entrada visível nela. Infelizmente, porque tal sempre fascinou-me, mas a busca da verdade acabou por esbarrar-me em tal texto que bem lido, e por inteiro, nos leva de novo a meter os pés no chão. (e que chão?).

Mais diante no texto podemos então ler “Uma única porta lhe conhecemos que daria entrada aos templários para esta casa. …. É ela virada ao nascente e, pelo arco de volta redondo que ainda se vê embutido na parede que fizeram mais tarde, transformando essa porta numa janela mais pequena, não diz do resto do edifício… Por cima dela estava aberta também uma janela ou fresta, donde viria abundante luz no interior e onde encontramos uns botões, característico ornato do século XII…”

Não quero deter-me em detalhes excessivos aqui, mas lembrem-se que essa entrada esta virada a nascente ( contrária à tradição do rito romano de colocar o altar a nascente e a entrada a oriente ) e está a Charola a ocidente, em relação ao povoamento/castelo. Existe pois uma intenção simbólica associada à sua implantação e orientação. Tal como a concepção mística romana do Homo Viatur, em que a manifestação no mundo é simbolizada a sul ( pórticos Manuelinos todos a sul ) e a morte a ocidente, também a mística cristã assimila este conceito, no qual o ocidente mais do que o lugar da morte, física, é o lugar da Ressurreição, do triunfo da vida sobre a morte. Sublinho que a Charola é símbolo do Santo Sepulcro. E pronto, fiquemos por aqui, porque não é sitio nem momento.

Alonguei-me e já não tenho tempo para continuar…. Continuaremos posteriormente a comentar a citação que serviu de leitmotiv a este comentário… “

Anónimo disse...

DEGRACONIS
(DEZ/2006)
“Prossigo agora a análise que no comentário anterior vinda fazendo à citação que volto a repetir.

"Os cavaleiros templários usavam o templo para iniciações de cavaleiros .Na ausência de porta para o exterior ,a entrada fazia-se pelos subterrâneos ,onde os candidatos teriam de passar pela prova dos quatro elementos. Um dos acessos para os subterrâneos do convento situa-se algures na parede do poço que se encontra no pátio de entrada do seminário”

Como já tinha referido anteriormente não tenho indicação de que a Charola em tempo algum tivesse estado provida de acesso por uma porta. Se já citei Frei Bernardo de Brito e V. Guimarães, que não referenciam a tal ausência de acesso, mas pelo contrário explicam-nos como era essa tal entrada, mais um posso acrescer a tal constatação. Este é J.M.Sousa (1903) que a determinada altura do seu livro; e passo a transcrever:

“Uma só porta dava ingresso aquelle oratório, era voltada ao nascente e era defendida por dois fortes baluartes…communicavam um com o outro por um passadiço que ainda lá existe por cima da porta primitiva, ao da direita ligava-se um…”

Se concluíram que a Charola era local de iniciação de cavaleiros no pressuposto que o local era vedado de acesso, tal conclusão deverá cair por terra então. Contudo não quer dizer que tal local, independentemente de ter porta, não fosse reservado às coisas de foro intimo da ordem( efectivamente os capítulos eram secretos, pelo menos em Jerusálem). Não se esqueçam no entanto que a população naquele tempo vivia intramuros, ou seja, junto à Charola. É assunto para debate interno um dia destes.

A Prova dos Quatro elementos parece-me coisa plagiada do neo-paganismo dos dias de hoje, retirada dos livros e rituais do Gerald Gardner, eventualmente encomendados ao Aleister Crowley, que no entanto duvido que escrevesse rituais tão simplistas ou naturalistas. Adiante.

No dizer da citação haveria uma entrada pelo poço do seminário. Vejamos a incoerência de tal facto.

Como já bem disse no blog o comentarista Pedro S., tudo indica que o poço seja aquele que se situa no Claustro da Micha. O Azul dá indicação que possa ser o da entrada do Convento para o castelo, mas acabei por não perceber se falava do da Micha ou se o da Torre de Menagem. De certo o da torre de menagem está fora de questão, pois o autor da citação refere-se a seminário, o que nos leva a pensar que só pode-se localizar no convento. ( E atenção que convento e seminário não são equivalentes senão próximos em termos de sinónimo ).

Se o poço é então o do Claustro da Micha, basta dizer que este, a fazer fé na inscrição do portal, teria sido construído em 1534/1546, pelo que na data referida (que diz estar a Charola isolada de comunicação com o exterior) encontrava-se este local fora ( e afastado ) das muralhas. Ou acreditam que tinham os cavaleiros que sair do castelo para voltar a entrar na Charola. Disparate não? Quando aquele claustro e poço com cisterna foram construídos já o pórtico sul de entrada na Charola estava concluído à aproximadamente 20 anos.

Por estes reparos reafirmo o que inicialmente disse; a confusão da citação é tremenda, e talvez até intencional. Tremenda porque baralha locais e datas e intencional porque de outro modo não poderia provocar mistério, pois a verdade não permite tal afirmação.

Continuação da citação:
“Pessoalmente visitei no local ,em 1991,acompanhado por um funcionário do ippar ,uma câmara subterrânea com vestígios numa das paredes de ter havido ai uma entrada que foi posteriormente tapada”

Mas que local? Será que refere-se à parede do poço do Claustro da Micha? Como digo, a descrição na citação está mesmo uma lástima. Acaba por não ter rigor nenhum, e não acredito que seja uma questão de português, mas sim uma tentativa de deturpação dos factos e uma forma de suscitar a imaginação. Concorre em tal feito com Maurice Guinguand, que chega afirmar que Frei Bernardo de Brito veio acompanhado de mais 12 monges fundar um mosteiro beneditino em Portugal e que posteriormente também São Bento optou por vir e daqui irradiou toda a ordem. Facto importante, não? Andam os historiadores a esquecer de fazer publicidade de facto tão enaltecedor. Enfim… De que tenha eu conhecimento nunca São Bento esteve em terras Lusas e Frei Bernardo de Brito viveu no século XVII (e não no sec.VI) e era cronista da Ordem de Cister. Portanto cuidado com o que lêem… ( Mas não deixem de ler o Livro de Guinguand, um clássico do templarismo em Portugal ).

Voltando à citação e assumindo que o tal local é precisamente a cisterna do claustro da Micha, tenho a dizer que efectivamente estou da posse de uma informação valiosa para complemento do que se diz na citação.

Segundo Eugénio Sobreiro de F.e Silva (1958), e depois de se referir aos mistérios das cisternas, diz-nos que na cripta da Micha…
“ Nela se abre uma porta que comunica directamente com a adjacente do Corvo… e possivelmente destinada ao Culto Iniciático dos Tempreiros… “

De facto esta constatação vai de encontro com a citação que estamos analisar. Na citação do Eduardo Amarante; vestígios numa das paredes de ter havido ai uma entrada que foi posteriormente tapada, e nesta última a referência a uma porta. Interessante… no entanto….

Continuaremos num próximo dia….”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(DEZ/2006)
“MISTÉRIO DO SEMINÁRIO REVELADO
Quem tenha vindo acompanhar os diversos comentários, certamente se lembrará da confusão que a citação colocada pelo Azul sobre um tal poço do seminário gerou. Tentou-se perceber da localização de tal seminário, mas à mercê da escassez de dados concretos identificamo-lo como sendo o próprio convento. De certo a citação dava um termo pelo outro. Assim ficámos apaziguados em relação a tal confusão.

Contudo, tal remate à situação não deixou-me satisfeito, e a ser uma citação proferida pelo Pararchi, muito me admirava tal equivalência de palavras por parte de individualidade tão familiar a tais termos.

Na verdade, este não se equivocou nem deu um pelo outro. Das minhas pesquisas consegui perceber o porquê da utilização de Seminário ao invés de simplesmente Convento, porque na verdade trata-se de um convento e não de um seminário. Acontece porém que a partir de 1929 a Horta juntamente com o Pomar e a parcela urbana conventual, propriedade dos Condes de Tomar, passam para a posse de um instituto religioso intitulado – e aqui a explicação – Seminário das Missões Ultramarinas.

Largaram estes missionários o convento em 1990. Calculo que o livro seja dessa data ( tenho-o emprestado pelo que não posso confirmar ) e o termo seminário ainda fosse um termo corrente na altura. Hoje já nem disso quase sabemos.”

Anónimo disse...

DEGRACONIS

Peço desculpa por algum incomodo, mas tratam-se de comentários com interesse para a discussão e que ainda esperam algumas conclusões.
É certo que são comentários de Dezembro de 2006, e que as investigações só se intensificaram mais tarde, não contendo as conclusões a que chegámos posteriormente. Talvez seja agora o momento de as divulgar, se os comentários que se advinham o merecerem
Cumprts
GASM

PS: Alguns livros que são citados e que ainda não tinhamos consultado na altura já foram no entanto adquiridos ou consultados.

Anónimo disse...

Se houve novas descobertas deopois desses comentarios deviam ser ditos tambem acho eu.

Anónimo disse...

Lá este blog a ir pelo caminho da fantásia.
Gostava de perguntar ao sr Degraconis o porque de voltar a falar desta loucura.
Tem provas novas?já lá foi abaixo?essas minas de água nada tem de especial.
Quanto a foto,ela(mina) vai dar ao poço por detras da muralha.
AI AI como eu já fui feliz nessa mina.

Anónimo disse...

Caro Azul

Desculpa o atraso, isto dos blogs é uma confusão, ainda não tinha LIDO o tal texto de 1903. Muito obrigado, fico a digerir...
Bom estão a mina da foto é a do parque das merendas e cabe lá uma pessoa em pé, não é??
Lembro-me que uma vez mandei lá alguém ao fundo bater no chão com um pau e soou a oco. pode ter sido impressão, nunca se sabe. Mais uma acha para a fogueira.
Entretanto a mina da Porta do Sangue, de facto entra dentro do perímetro do Castelo, junto ao poço que está lá dentro, MAS, não comunica com ele, antes capta aquele nascente para o trazer para a zona do antigo viveiro da Mata. É, quase de certeza, uma obra recente, não Templária.
O tal "poço do Seminário" é melhor não ir por aí...
Naquela zona não há poços, há condutas de esgoto, cisternas, cloacas, latrinas e descargas pluviais.
Não há poços actualmente. Se os houve, estão muitos metros abaixo, já que parte do Convento está construído sobre um aterro. Refiro-me ao Convento da Obra Joanina.
Os textos de Umberto Eco, devem ser lidos num contexto ficcional, por favor, o Pêndulo de Foucault é um romance que pretende acima de tudo pôr a nu os meandros das agremiações esotéricas e afins...
O Eco visitou o Convento, de facto houve quem lhe disse ser a adega local muito visitado por estudiosos da simbólica. Mas sala de iniciação, foi com o filme "A Mensagem de Fernando Pessoa" que nasceu...
Conheço muita malta que apanhou grandes secas até de madrugada para fazer aquele filme.. os homens da produção eram uns unhas de fome... houve malta que em toda a noite comeu uma sandocha.

Histórias

Anónimo disse...

PERGUNTA A TODOS!
ALGUEM CONHECE ALGUM PANTEÃO TEMPLÁRIO???
TIRANDO O DE LONDRES(MESMO ESSE TENHO AS MINHAS DÚVIDAS.
ALGUEM SABE OS ESTÃO SEPULTADOS OS MESTRES TEMPLÁRIOS POR ESSA EUROPA FORA???
ALGUM ESTA A VÍSTA?????????

Anónimo disse...

Não, não e não sei

Anónimo disse...

Não sei se são mais "achas para a fogueira" ou eventualmente observações para aumentar a "confusão" reinante, no entanto não me coibo de lançar algumas questões que me intrigam há décadas:

a) Aonde vai dar a escadaria no exterior da sala do capítulo e junto a parede da mesma?

b) Porque é que algumas lajes que cobrem o chão da Charola, nomeaamente por baixo do Arco Triunfal a caminho da Sala do Capítulo, soam a oco?

c) Que significa o "mafarrico" que se pode observar no piso térreo do clautro de Santa Bárbara, por debaixo da Janela do Capítulo?

d) porque é que o Claustro de Santa Barbara tem cisterna se logo ao lado, o piso da sala do capítulo está a um nível bastante superior (cerca de 8 metros)?

e) No olival por detrás do Centro Comercial havia um velho poço que os maradores da antiga rua da Carrasqueira diziam ligar ao Convento de Santa Iria. Que sabem sobre o assunto?

f) Contaram-me também que no século XIX, aquando da feitura do Acude de Pedra, terão sido utilizadas pedras de ruínas localizadas nas redondezas.Seriam também de Sellium?

g)Há uns anos atrás houve uns espeólogos que se aventuraram nas entranhas da nascente do Agroal. Conta-se que avançaram até uma grande gruta cársica capaz de fazer inveja às das Grutas de Mira d'Aire e da Moeda. No entanto e em tentativas seguintes foram incapazes de retroceder tanto. Quem é que sabe a verdadeira história?

Manuel Gonçalves
(Tomar)

Anónimo disse...

A-Ao R/c do Cl. da Hospedaria
B- São caixas de circuitos eléctricos
C- Nada em especial, metade animal (cabra) metade humano, Grifos, quimeras, etc.
D-Não há cisterna em St. Bárbara, há apenas uma linha de escoamento pluvial. Mas há uma na Hospedaria...
E- Esse poço talvez tivesse relação com a "mina" encontrada durante as escavações de fundação do Centro Comercial (?)Ligação a Santa Iria? Desconhecida.
F- Da civitas Romana não mas de uma quase certa Vila como a de Cardais ou Caldelas, é possível.
G- Perguntar à malta da associação SAPIENS.

Anónimo disse...

Este blog da sono.
Porque repetir sempre mesmo.
Acham que quem sabe alguma coisa vai dizer algo.
Vão ao Medico
Até daqui a um mês,já devem ter outro post não?

By

Anónimo disse...

Túneis em Tomar se for feitos por formigas,quem o diz são os ARQUIOLOGOS,que estão a trabalhar em volta de St Maria Do Olival.

Anónimo disse...

DEGRACONIS

A foto exposta não é da mina que se encontra abaixo da porta do sangue. Essa mina não permite a presença de um homem de pé, e tem uma configuração diferente da que vemos na foto. A mina da foto é de facto a que designamos por mina da fonte do sangue, mas não há que confundir com a outra que, de facto, atravessa a porta do sangue para captar água do poço-cisterna (como a designaram qd procederam à sua limpeza no inicio do século) que se encontra dentro das muralhas. Tal como já diz o insidejob, não é de construção templária, mas sim obra do tempo da ordem de Cristo, que permitia um aproveitamento dessa água para o Olival que entretanto foi destruído.

A mina da fonte do sangue tem uma marca templária que actualmente está encoberta pela vegetação que a teima em encobrir, sinal que também levou-me a percorre-la na ânsia de encontrar aquilo que à partida já sabia não ir encontrar.

Sobre poços ainda existentes no castelo, julgo ainda existir dois com captação de água. Não consigo garantir que sejam poços (com nascente) mas tenho indicação de o poço do claustro de cemitério ser considerado como poço cisterna e não apenas como cisterna, se bem que Fr. Jerónimo Roman em 1590 diz “tienne este claustro una cisterna de que …”.

O poço que está à entrada da escadaria, ao contrario do que se possa pensar, deve-se tratar de apenas uma cisterna, até porque quando se descreve o local onde se instlou um tablado para reunião das cortes com a chegada de Filipe II, se refere este local, entre o terreiro e o pátio da igreja, como pátio da cisterna do convento.

Algures num comentário falam de cloacas. Julgo que parte do mito dos subterrâneos em Tomar assenta na existência dessas em tempos primevos. Em Roma existem algumas onde é mesmo possível passar pequenitas embarcações. Não acredito que Tomar tenha possuído estruturas tão megalómanas, pois era uma cidade relativamente pequena, mas como cidade romana deveria estar munida de semelhantes estruturas. Se os Templários as aproveitaram não sabemos ainda.

Existe ainda muito por descobrir, e há que recolher dados importantes que até estão disponíveis mas que não vejo divulgados. Talvez por não serem sensacionalistas não os dêem à estampa, mas que na minha opinião são de bastante interesse para quem tem uma postura séria nesta procura de novos dados. Por exemplo são poucos os que sabem que a cisterna do castelo esteve totalmente encoberta com terra até à década de 40 ( tinha aterro até +/- 3 metros acima da boca da cisterna). Nunca vi ninguém falar do alçapão que existe no primeiro piso da torre de menagem e que comunica com uma pequena galeria interna ou secreta(esse primeiro piso é aquele que não tem acesso sem escadote).

Também não se vê referencias às escavações levadas a cabo pelo Garçes, e que em Almourol, onde não se conseguiu encontrar vestígios de cisterna, permitiu encontrar um poço (totalmente atulhado). Já que falo de Almourol, lembro que também existe ou corre por tradição referencias a dois subterrâneos que estão muito bem definidos quanto ao seu suposto termino. Etc.

Refere alguém num comentário que o claustro de Santa Babara não possui cisterna. As indicações que tenho são de que existe uma pequena cisterna e que a mão humana que figura numa pequena silhuaria rectangular, indica uma conduta que vem do claustro da hospedaria que alimenta a fonte do Claustro de D. João III. (na hospedaria tb existe semelhante figura. Sobre esta conduta terei que ver melhor o assunto, até pk sabemos que a fonte de D. João III foi o primeiro local a ser alimentado com água do aqueduto… este assunto terei que ver melhor).


O claustro do cemitério soa a oco porque efectivamente é oco. São as sepulturas que justificam a designação de cemitério, e que alias estão numeradas por questões de identificação.

Nota de rodapé: Podem estranhar a cisterna não estar visível até à remoção desse aterro na decáda de 40, e já o Sousa e outros dois autores talvez se referirem a ela, mas neste momento não tenho presente o que eles dizem sobre a cisterna. Tentarei ver melhor o assunto mais tarde. No entanto podem no castelo ver as marcas que esse aterro infligiu nas muralhas ( a diferença de cor ).

Anónimo disse...

DEGRACONIS

Tentei responder à questão de as lajes soarem a oco, mas equivoquei-me ao pensar que se referiam ao claustro de cemitério. De facto algumas lajes na Charola soam a oco porque existem as caixas de electricidade instaladas debaixo delas. Podem mesmo levantar essas lajes e verificar.

Sobre a escada que falam, não sei se não estão a referir-se à que se encontra detrás de uma porta junto ao corredor. Se sim, porque a outra não estou a identificar de cabeça, trata-se do antigo acesso ao topo da Charola, e que agora se encontra encerrado. Poderei dispensar fotos dessa antiga escadaria, se bem que só apresenta interesse pelas marcas de canteiro que ai se encontram e pelo facto de ser a escada que os cavaleiros templários utilizavam para subir ao telhado. Engraçado é no topo podermos ainda verificar os restos das antigas fundações da antiga cobertura da Charola, conforme podem ver numa gravura antiquíssima (ainda antes da gravura onde aparece o anjo). Tratava-se de uma torre lanterna (acho eu).

Anónimo disse...

Escadas que os Templários utilizavam hahaha.
O meu caro a charola que hoje existe é do tempo do Infante.
A verdadeira foi destruida pelo terramoto de 139...não me recordo do ano ao certo.
Cuidado com o que se diz.

Anónimo disse...

A charola do tempo do infante???? No seu conjunto actual sabemos que não é templaria mas do Infante?? Cuidado com o que falam.

Anónimo disse...

A charola foi atingida por uma raio e nao propriamente destruida pelo terramoto.

Anónimo disse...

Parem lá com as lições de cátedra.
A Charola NÂO é do tempo do Infante.
É uma construção de 1190, cuja arquitectura, marcas de canteiro, e documentação (alguma do tempo do Infante) atestam a sua origem.
A escada "militar" existe. É uma escada que funciona dentro da grossura da muralha, no quadrante norte/poente. Ligava o piso térreo do perímetro norte de muralha à cobertura, onde funcionou, até ao tempo de D. Manuel I uma torre lanternim.
O Infante, poderá, e digo, poderá ter sido o primeiro a esboçar a ideia da abertura de um coro, demolindo ou "desengrossando" os dois tramos da Charola, virados a poente, onde mais tarde D. Manuel encostou a nave da igreja.

Anónimo disse...

Que sao cloacas?

Anónimo disse...

Local de colecta de eflúvios sujos e águas negras. Em suma, é um contentor de esgoto sanitário, antes de ser canalizado para os rios ou fossas.

Anónimo disse...

DEGRACONIS

(em complemento)
São as cloacas uma espécie de aquedutos subterrâneos que se estendiam por toda a cidade comunicando os diversos ramais com uma cloaca principal. “Tinham abobadas elevadas construídas com grande solidez, por baixo das quais passavam barcos”. O resto já está dito. No entanto podem na Internet procurar por “cloaca máxima” para visualização de um exemplo ainda existente em Roma.

PS: Serviam também para receber águas pluviais de forma a evitar cheias. Algures nas construções andinas ou pré colombianas podemos verificar esta função, além de Roma.

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Existiu um coro na charola antes do coro manuelino. Estou correcto?

Anónimo disse...

"Há uns anos atrás houve uns espeleólogos que se aventuraram nas entranhas da nascente do Agroal. Conta-se que avançaram até uma grande gruta cársica capaz de fazer inveja às das Grutas de Mira d'Aire e da Moeda. No entanto e em tentativas seguintes foram incapazes de retroceder tanto. Quem é que sabe a verdadeira história?"...

Ora meu caro leitor, isto é que PURA MENTIRA!!! A suposta gruta da Nascente do Agroal existe sim, mas é IMPOSSÍVEL aceder a ela, isto porque se já reparou a nascente encontra-se implantada em frente a uma falésia (que por sinal tem 1 pequena Lapa c/ vestígios arqueológicos), entre a dita falésia e a nascente encontra-se um gigantesco caos de blocos que impossibilita qualquer exploração subterrânea, e caso não saiba o acesso subterrâneo a esse caos de blocos faz-se APENAS com recurso a técnicas de mergulho subterrâneo (espeleomergulho). Ora que eu saiba (e digo-lhe que sei mesmo!!) nenhuma das associações espeleológicas de Tomar (CEPPRT e Sapiens) não têm e nunca tiveram ninguém capaz de realizar tal exploração!!



PS: Há outras grutas em PT que fazem "inveja" a Mira d'Aire de Moeda, falo da Gruta do Almonda (Torres Novas, 14km de extensão) ou a Gruta Talismã (Penela, 7km de extensão).

Anónimo disse...

Sim Degraconis está correcto; Um coro Infantino na Charola.

Anónimo disse...

zzzzzZZZZZZZZZZZZ

Anónimo disse...

O Dormitório é Joanino...:-)

Anónimo disse...

DEGRACONIS

Insidejob obrigado pela confirmação. No entanto ainda não consegui muito bem perceber como era e onde ficava. Calculo que não sejam informções fáceis de obter, acaso exista alguma descrição numa visitação. Tenho indicações de ficar junto ao orgão. Será?

oBRIGADO

Anónimo disse...

Bom, vejamos...
Quando diz orgão, presumo que refira o tubo de órgão gigantesco, que figura no lado direito do arco triunfal. Assim, onde hoje há esse arco, é provável que o Infante tivesse praticado o tal "desengrossamento" da parede e construído uma estrutura de madeira saliente (mini galilé).

Anónimo disse...

DEGRACONIS

Obrigado. Concordo. Esse desengrossamento é já um prenúncio para a construção (alongamento) da charola. Digo órgão mas talvez se trate de uma caixa de ressonância, até porque o cumprimento daquela obrigaria a que a sequência de tubos ocupasse quase toda a charola.

Anónimo disse...

IN Anais da UAMOC

O TUBO DE ÓRGÃO DA CHAROLA PELO SÓCIO GARCEZ TEIXEIRA
A todos que pela primeira vez entram na Charola do Convento de Cristo não passa desapercebido um enorme tubo de órgão colocado junto ao arco de passagem, do lado do Evangelho. O exagero das suas proporções e o facto de se achar isolado e em sítio onde não era possível existir um órgão de grandeza tal que pudesse comportar tubos de tais dimensões, levam, à primeira impressão, a acreditar que se trata apenas de um tubo fingido, o que não é verdade. Esta mesma impressão tive-a eu há perto de duas dezenas de anos, quando comecei de frequentar aquela Igreja. Procurei então verificar se se tratava ou não de um verdadeiro tubo de órgão. Comecei par medir o seu comprimento o que, atendendo à posição vertical em que se achava, só pude fazer com o auxílio de um teodolito. A grandeza que achei para a sua parte útil, foi de 10m,5, ou seja, com grande aproximação a grandeza dos tubos de 32 pés, que são os maiores tubos sonoros abertos. Verifiquei ainda directamente haver uma comunicação entre o tubo e a parede, onde existia o começo de urn cano. Tratava-se pais, quasi com certeza, de um verdadeiro tubo de órgão. Os documentos que posteriormente encontrei, e que passo a apresentar, confirmaram inteiramente esta suposição. Transcreverei primeiramente o que nos diz Frei Hieronimo Roman (1): "Tiene el choro dos horganos juzgados por las mejores piezas del Reino de Portugal principalmente el horgano mayor tiene particular ynuencion y es que estando el al lado de la Epistola en el choro, metido en la pared de la capilla mayor tiene un caño que es el contravajo tan grueço como una buena viga ay ell lo largo su proporcion, esta de la otra parte del choro al lado del evangelio pegado al arco que tiene el choro, y rigese par devago de tierra porque tiene su guia par el suelo de la capilla, y suvele par alli el ayre y con esto hace su armonia con el mesmo concierto que los demás canones, pero es tan grande el estruendo y ruydo que hase que no se oyen log que hablan yaquesto representa mas magestad que necesidad".
(1) Libro de la ynclita caualleria de Cristo en la corona de Portugal, a pág. 35 deste volume. Vol. I, tom. 1.° – Abril 1938. 5
Esta descrição não deixa qualquer dúvida sobre a identidade do tubo que ainda existe, com o do órgão quinhentista, que existia do lado da Epístola. Foi escrita cerca de 1589, mas o órgão era muito mais antigo como vou demonstrar com outros documentos. Assim, nas contas das obras do Convento no ano de 1551(1) encontra-se o pagamento de "tres mill cento e oitenta rs. de cinqoenta e tres dias de carpintr.os a lx rs. nos allmarios do aro (?) e hua cadr.a p.a a charolla, e cano do órgão grande". oa Noutro documento, citado pelo Sr. Dr. Vieira Guimarães (2), já em abril de 1534 António Rombo recebia 1970 reais "por correger o órgão grande e seu cano". Neste mesmo ano(3) se fazia "hua espora p.a ho orgao grande". Creio assim documentalmente provado que se trata de um tubo de órgão, com mais de quatro séculos de existência, tendo passado incólume o agitado período das invasões francesas, durante o qual tanto sofreu o Convento de Cristo, não tendo mesmo sinais de sevícias que o homem tantas vezes se compraz de infligir aquilo que é património da Nação, mas que não deixará de sofrer se não fôr sem demora reposto no seu primitivo local, donde foi retirado ultimamente, conservando-se à data em que escrevo, abandonado no solo. Esboço do corte da parte inferior do tubo. a – abertura do bisel o – entrada do ar Aproveitando a ocasião, tomaram-se-lhe as dimensões exactas, que são as seguintes : – altura desde a aresta do bisel, 10,m52; – diâmetro exterior na abertura superior, 0m,75; – idem na abertura inferior, 0m,16; – espessura das paredes, 0m,02; altura total, 11,m42. É forrado interiormente com pergaminho. O ar não entra, como é costume nos órgãos, pelo pé, que portanto, no caso presente, tem apenas função decorativa. A entrada faz-se por um orifício na parte da parede vertical que encosta à coluna, aproximadamente ao nível do beiço sendo recebido numa caixa, como se vê no esboço junto, limitada superiormente por uma antepara horizontal, e inferiormente por outra inclinada de baixo para cima. O ar vinha do órgão por uma conduta que atravessa por debaixo do pavimento da Charola, desde a
(1) Torre do Tombo. – Christo, L.º, fl. 37. (2) A Ordem de Christo – Lisboa, 1901, pág. 158. (3) Torre do Tombo. – Christo, L.º 23, fl. 2. 6
capela contigua ao arco, do lado da Epístola subindo pelo interior da parede, do lado do Evangelho, até à altura de 3m,15, passando para o tubo pela entrada, que está a essa altura. Perto do solo, tem a conduta uma abertura de limpeza. Cintas de ferro prendem o tubo à coluna do arco. Estudarei agora acusticamente o tubo. Funciona como tubo sonoro aberto. O número N de vibrações que emite por segundo, sendo o comprimento útil L igual, como vimos, a 10m,52, e a velocidade V do som de 330m por segundo, é 16.10,5223302LVN=×== Esta nota, de 16 vibrações por segundo, é o dó–2 (ou dó1 segundo alguns tratadistas), ou seja a nota mais baixa que praticamente se pode emitir em música. Está duas oitavas abaixo do dó mais baixo de violoncelo. Não tinha o órgão o sistema de tubos completo, de 32 pés, mas não deixa por isso o tubo que estudo de ser um autêntico tubo de órgão, emitindo uma nota musical, e não um tubo de ressonância, só reproduzindo sons emitidos par outros tubos. O seu fim como claramente escreveu Frei Hieronimo Roman, era produzir um som (único que, por assim dizer, servisse de magestoso fundo à musica do órgão e ao cantochão.

Anónimo disse...

Degraconis, desculpe esta estopada de texto, e desculpem os colegas do blog.
É só para relembrar as grandes personagens de antanho, nomeadamente as da UAMOC, que tanto fez por Tomar e ainda hoje é inédita em muitos assuntos históricos.

Anónimo disse...

DEGRACONIS

Só lhe poss agradecer pelo texto, que muito prazer me deu ler. Já o tinha lido mas sinceramente já nao me lembrava do seu conteúdo. Nao hesite em se alongar nos textos, só temos a ganhar com tal dedicação, porém e dado que é obra ter que o transcrever, nao tenha problemas em remeter-nos para determinado livro ou documento.

Uma vez mais agradecido.

Anónimo disse...

Queria submeter aqui uma questão:

Alguém me pode dizer a idade da Torre do Langalhão (Ferreira do Zezere)? Encontro pouca informação sobre o local.

A sua localização (junto à estrada romana Braga - Lisboa) pode-nos levar a pensa que é romana mas... será? Ou trata-se de uma Torre Medieval (Templária?)

Anónimo disse...

Caro Luis Afonso

Não conheço o sítio que menciona, mas estou muito interessado em saber o local dessa Torre, já que auxilio um colega num trabalho sobre possíveis locais de estruturas castrejas na região. Tem as ccordenadas ou referências de como lá chegar?
Não está a fazer confusão ou a referir-se à Torre de D. Ganhão, pois não???

Obrigado

Anónimo disse...

Há uns anos atrás houve uns espeólogos que se aventuraram nas entranhas da nascente do Agroal. Conta-se que avançaram até uma grande gruta cársica capaz de fazer inveja às das Grutas de Mira d'Aire e da Moeda. No entanto e em tentativas seguintes foram incapazes de retroceder tanto. Quem é que sabe a verdadeira história?

Deve ser mais uma "lenda urbana" das várias que povoam o imaginário dos habitantes da zona de Tomar.

No entanto gostaria de chamar a atenção para o facto da parte ocidental do concelho de Tomar estar sobre relevo cársico que, como sabem, é fértil em grutas, algares, etc, pelo que poderá haver de facto um mundo a descobrir debaixo nos nossos pés.

Afonso Pais

Anónimo disse...

Não. É mesmo a Torre do Langalhão.

Segundo me parece, esta deverá corresponder à torre da antiga herdade do alcaide de Santarém , D. Guião (sec. XIII) e que segundo o investigador António Baião, no seu livro “A Vila e o Concelho de Ferreira do Zêzere”, terá sido doada por este à Ordem do Templo em 1252.

A Torre do Langalhão (na freguesia de Areias, Ferreira do Zêzere) está situada entre os lugares de Pereiro e Avecasta , do lado esquerdo da estrada de Tomar para Cabaços. Trata-se de um imóvel que penso estar classificado como sendo de interesse público.

Resumidamente podemos descrevê-lo como uma torre ou "atalaia" medieval , em ruínas, ainda com duas seteiras, uma delas entaipada, restando dois paredões formados por silharia de calcário, sendo no passado constituída por três sobrados. Consta que no local terá existido uma ermida erigida em honra de S. Jorge.

A sua aparência actual tem motivado algumas histórias (ou lendas), como a "Lenda do Ladrão Gaião".

Reza esta história que, há muitos anos atrás, vivia por aquelas bandas um gigante, chamado Gaião, que espreitava os viajantes que por ali passavam com intenção de os roubar, sendo o produto dos roubos guardado num local escondido da Torre.

Resta um tesouro que está a espera dos mais aventureiros num qualquer lugar da Torre.

Manuel Marques

Anónimo disse...

Só para esclarecer que os nomes que lhe conheço são:
a) Torre do Langalhão,
b) Torre do Ladrão Gaião,
c) Torre de D. Guião ou
d) Torre da Murta

MM

Anónimo disse...

Muito bem Srs. Manuel Marques e Luis Afonso. Bem me parecia, depois de matutar que Langalhão e Dom gaião soam igual...
Segundo, pude ver de fotografias e também de opiniões colhidas, as tais ruínas não são romanas mas sim medievais.
Podemos especular tratar-se de uma torre de vigia, inserida num complexo de outras similares. Falta portanto encontrá-las e passar para mapa esses posicionamentos. Um estudo pertinente.

Anónimo disse...

"já que auxilio um colega num trabalho sobre possíveis locais de estruturas castrejas na região. Tem as ccordenadas ou referências de como lá chegar?"

Caro Insidejob:
Se me fornecer 1 mail seu, posso-lhe enviar 1 ficheiro para o Google Earth com os Castelos/Torres/Fortes/etc de Portugal. No ficheiro a dita Torre do Langalhão, as coordenadas não estão no seu sitio certo, mas sim na "zona de estacionamento" de onde pode, olhando para Norte, ver suas as ruínas furando a vegetação (muito densa!!!). As coordenadas WGS84 são: 39°44'44.98"N / 8°22'55.87"W.

E também trocar algumas impressões sobre alguns castros da região (Sicó-Alvaiázere-Tomar). Pois nos últimos anos tenho vindo a fazer algumas interessantes descobertas arqueológicas (fora de castros), cuja idade dos objectos é contemporânea de muitas destas estruturas castrejas (Idade do Bronze por exemplo).

Cumps.
SM

Anónimo disse...

Caro SM

o meu mail é jobinsidejob@yahoo.com

Cumprimentos

Anónimo disse...

Alguem pode informar sobre o túnel de Carregueiros?acho que é assim o nome da terra.


Víriato

Anónimo disse...

Quéro felicitar este blog e as pessoas que fazem este blog,admiro a imensa cultura que transmitem aqui.Eu habito perto de Alvaiázere e tambem perto de Pussos,cujo brasão tem uma cruz dos Templarios,sei que Alvaiazere e arredores ja pertenceram aos Templarios,mas não sei se existem vestigios ou construções originais dos Templarios.Se alguem me conseguir informar agradecia muito.Mto obrigado.

Pedro

Anónimo disse...

Meu caros,

Já que falaram na Torre do Langalhão, gostaria de saber se acham que esta poderá ser o que resta do antigo Castelo de Ceras, doado pelo Rei Afonso Henriques à Ordem do Templo?

FM

Anónimo disse...

Não!!!

O dito Castelo de Ceras está(?) situado +/-6km a sul da Torre do Langalhão nas coordenadas Google Earth (WGS84):
39°41'46.61"N
8°21'49.77"W

Junto à EN110 há uma placa topominica --> Rua do Castelo, procure-a ;)

Anónimo disse...

Alguem sabe quando e por quem foram fechados as possiveis entradas para os "?" referidas nos vários textos????

Anónimo disse...

Foram os Fantasmas do além uuuuuuuuuuuuu.

Anónimo disse...

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Antonio Gomes da Silva disse...

Na minha juventude, pratiquei bastante arqueologia e espeleologia. Um dos meus amigos da época, Carlos Batata nunca desistiu.
Lembro-me que se dizia que o "famoso" túnel que ligava o castelo à igreja de Sta. Maria, ia desde as masmorras do castelo até ao interior do poço que se situa no adro da igreja de Sta. Maria. Sempre achei exagerada tal insinuação pelo facto de nestas condições o túnel teria que forçosamente passar por debaixo do rio.
Quanto aos poços; o poço mais profundo que conheci em Tomar encontrava-se por nas traseiras do centro comercial Templários. Era seco e certamente o mais profundo e mais largo da região. Chegava a dar vertigens ao olhar para dentro dele. Foi aterrado com as terras das caves do centro comercial. Debaixo do centro comercial, ficaram umas termas romanas que o santo dinheiro mandou destruir.

RUI GONÇALVES disse...

Boa tarde,
Obrigado pelo comentário. Já agora gostava de lhe enviar uma foto para que veja se é desse poço junto ao centro comercial. Estou em crer ser o mesmo.
Bem haja.