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8/04/2011

TORRE DE PUNHETE – parte II

Notável Vila de Constância 
Autoria: Cethomar

3. TORRE DE PUNHETE 
    (Vila de Constância)



Foto publicada na Investigação da Casa dos Arcos | trecho da “Descrição da Villa de Punhete”
de 1830 pelo Padre Veríssimo José de Oliveira

Uma das imagens mais pitorescas de Punhete de outros tempos é a da Torre junto ao rio que ainda era visível no início do século XX, e prova disso são as diversas gravuras que nos ficaram desses tempos, tal devia ser a beleza das suas ruínas que não deixariam de criar algum tipo de impressão sentimental nos pintores que por aqui passavam.


Todavia, todas as fotos e gravuras conhecidas da Torre dão-nos sempre a conhecê-la já em ruínas. Nenhuma das imagens é anterior ao século XIX, mas se consultarmos as memórias paróquias de 1758 verificamos já nessa altura esse nobilíssimo palácio chamado da Torre, fabricado entre os dois mencionados Rios, o qual hoje se acha arruinado, mas nos vestígios se deixa conhecer muito bem a sua magnificência”

Originais das “Memórias Paroquias de 1758” da vila de Punhete

Não haja dúvida de que a torre, que devia fazer parte de um palácio, não obstante também ser designada como castelo, é antiquíssima, e nisso concordamos com o Padre Veríssimo José de Oliveira que lhe atribui vetustez sem contudo dizer a que data deve remontar essa construção.

Não existem documentos que conheçamos que nos auxiliem na sua cronologia mas após saturadas pesquisas e leituras conseguimos apurar que o palácio - designemo-lo assim invés de simplesmente torre - foi reconstruído em 1529, o que nos leva a concluir existir no local um edifício anterior e que possivelmente pode entroncar em datas tão recuadas como a nossa nacionalidade ou anterior se pensarmos ser um local privilegiado, quer para controle do rio Tejo, quer como entreposto comercial onde o rio Zêzere, navegável, desaguava.

Não é nossa intenção tentar uma cronologia para o palácio, até porque reconhecemos as nossas incompetências para tal empresa, mas à semelhança do que vem acontecendo com os outros nossos artigos, onde divulgamos matéria pouco conhecida ou damos a conhecer novas ideias ou factos, pretendemos deixar aqui um contributo para essa tentativa, e para isso, iremos fazer uma analogia entre a torre de Punhete – apenas da torre – e um detalhe de um outro monumento de Tomar, a partir do qual podemos possivelmente fixar uma data e o seu arquitecto.

Este artigo ainda não se encontra totalmente acabado na sua forma escrita, nem este capítulo, mas iremos publicando à medida que se for escrevendo, e visto os temas que iremos abordar já estarem fixados e investigados deixamos aqui alguns dos tópicos apesar de não estarem ordenados com a sequência de publicação que iremos seguir:

Torre de Punhete | De Punhete a Constância: etimologia e mudança de nome | De Tomar a Punhete: da navegabilidade | Subterrâneos e Grutas | Castelo Templário de Payo de Pello: doação a Gualdim Pais, gravuras e vestígios actuais | Fotos antigas da Torre | Ponte de Barcas | Descrição da Villa de Punhete em 1830 do Padre Veríssimo José de Oliveira: apresentação do seu conteúdo | Cardiga: Castelo Templário | e tudo o mais que possa vir a surgir entretanto.

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3 comentários:

RUI GONÇALVES disse...

Errata: Payo de Pelle tal como está na capa. Não é possível voltar a mexer no post senão sairá da ordem que se impôs.

Candido disse...

Os meus parabéns e muito obrigado por ter o proveito do vosso trabalho!

primate disse...

Um Trabalho interessante sem qualquer duvida. A vossa capacidade investigadora é u, exemplo a seguir